quarta-feira, 30 de maio de 2012

[historinha aleatória n°1]


21:04 pm

Graças à todas a entidades cósmicas e filantrópicas do mundo terminara de preparar as fotos que havia tirado para a revista e deixei meu trabalho nas mãos de Ed. Talvez eu estivesse mais relaxada e  isso deve ter me ajudado muito na conclusão do trabalho. Logo avisei a Ed que receberia a visita de Daniel no quarto e pedi para que ele e Mia passassem a noite em outro quarto. Ele logo concordou porque viu meu estado emocional durante o dia inteiro e não quis contestar comigo. Saí às pressas do escritoriozinho do hotel e fui direto ao elevador que me levou até ao 12° andar, onde ficavam nossos quartos. Tive que ligar de volta para o Daniel para falar o andar e o número do quarto que eu estava.

E lá estava eu no quarto do hotel, correndo para o banheiro para tomar uma delícia de banho quente. Depois do banho abri minhas malas procurando uma roupa decente para passar a noite – não vou de lingerie sexy de novo! Vesti uma calcinha branca de algodão e uma roupa de dormir – Uma camisetinha básica, um blusão preto do Mickey Mouse por cima e só. Era apenas uma visitinha, e não um jantar super romântico e requintado. Não rolaria nada demais, até porque eu estava naqueles dias. Apenas a sua companhia me faria bem a noite inteira e pela manhã também, por que não?

Deitei-me na cama e fui assistindo um programa qualquer na TV enquanto ele não chegava. Finalmente um momento de sossego naquelas exatas duas semanas de muito trabalho e carência afetiva.

O interfone do quarto tocou e logo fui atendê-lo. Era a recepcionista do hotel avisando que Daniel havia chegado. Permiti que ele subisse até o 12° andar. Assim que desliguei o interfone procurei o espelho mais próximo e passei a mão em meus cabelos, arrumando os fios que insistiam em se manterem fora do lugar. Apliquei um gloss transparente em meus lábios e borrifei meu perfume atrás das orelhas e nos pulsos.

Enquanto eu fazia caras e bocas na frente do espelho, logo ouço alguém batendo na porta. Era ele. Dei mais uma olhada no espelho e fui direto à porta para atendê-lo. Nem me preocupei em vestir alguma calça. Apenas abri a porta e pude vê-lo com um sorriso formando-se em seus lábios e seus olhos desviando a atenção em direção as minhas pernas nuas.

- Boa noite Daniel... Quanto tempo, não é? – Comecei tímida.

- Boa noite Lilly... Pois é, faz um tempinho, não é? Aliás, o Mickey é legal – Comentou com um risinho discreto referindo-se à estampa da minha blusa.

- O-obrigada... Você sempre me deixa assim, sem jeito – Agradeci com as maçãs do rosto esquentando e rindo como uma bobinha – Entre, por favor...

Assim que ele entrou e tirou os sapatos sinto um dos seus braços rodearem minha cintura me puxando para um beijo. Um beijo urgente, mas sem deixar de ser carinhoso e carregado de saudade. Ah seus lábios... Sugava seus lábios carnudos com ternura e ele retribuía da mesma forma, apertando meu corpo contra o seu com a fúria de seus braços impetuosos. Era um cara muito carinhoso, mas tinha hora que... Não sei te explicar...

- Estava com saudade – Daniel falou encerrando aquele beijo – Aliás, isso é pra você – Emendou entregando-me uma caixa retangular dourada com unz dizeres grafados em preto. Era uma caixa de bombons bonitos e delicados. Um sorriso formou-se em meus lábios – Com licor de cereja – Falou em seguida com um sorriso mais largo que o meu.

-Oh Daniel... Obrigada cara! Como sabe que eu adoro bombons de licor? Ainda mais de cereja?

- Acho que cerejas combinam com você – Mas que cafona! Adorável!

- Que doce – Murmurei, abraçando-o com força e distribuindo beijinhos estalados por todo o seu rosto – Vem... Podemos comer esses chocolates juntos – Sugeri pegando sua mão e guiando-o até a cama.

- Bem, existem várias formas de comermos chocolates juntos... Se for da forma que estou pensando... – Retrucou ele num tom extremamente malicioso.

- De uma forma bem inocente, ok? – Se bem que a ideia dele não era nada má.

Rimos juntos e sentamos na cama aos beijos. Tinha um filme bem meloso passando na TV e resolvemos assistir para passar o tempo – apesar dele mesmo ter dito que estava assistindo aquele filme pela terceira vez na vida e ter me contado o final.

- Lilly... Fiquei preocupado com você hoje...

- Sério? Por que?

- Você estava muito seca quando nos falamos por telefone. Achei que estava brava comigo, sei lá...

- Nunca... É que eu estava extremamente estupefata hoje. Ai, muita coisa pra fazer, muito trabalho, e muito stress, como consequência... Me desculpa se fui grossa com você... – Esclareci vendo aquela carinha de homem protetor tão próximo de mim.

- Sente-se melhor baby? – Ele perguntou, demonstrando preocupação.

- Sim. Ainda estou de TPM, mas vai passar – Falei, abrindo a caixa e tirando um bombom de lá.

- Ah, vou me esforçar então pra te fazer se sentir melhor – Disse olhando-me tímido.

- Não precisa de esforço. Sua presença aqui já me faz tão bem... – Eu disse sincera, mordendo um pedaço do chocolate e posicionando-o em sua boca, derramando o licor de cereja contido nele – Ops... – Murmurei, quando vi o líquido escorrendo "sem querer" pelo seu queixo.

- Limpa com a boca... – Ele pediu, quase num sussurro.

O tom foi tão pedinte que não demorei para atendê-lo; simplesmente meus lábios devoraram seu queixo, passando a língua marota no licor em sua pele e dando uma mordida carinhosa em seguida. Por uns segundos nos fitamos e nos beijamos com volúpia.

E aí as coisas começaram a esquentar. Nossos beijos tornaram-se mais urgentes, mais quentes, mais úmidos. Seus lábios em meu pescoço e minhas mãos querendo levantar a blusa dele. Um aperto em minha coxa direita. Uma mordida em sua orelha. Uma lambida no seu pescoço. Um gemido meu. Um suspiro dele. Ambas nossas mãos agitadas. Minha mão em seu abdômen. Sua mão descendo pela minha virilha... Opa!

- Daniel... Não...

Ele parou e me olhou nos olhos. Um olhar interrogativo.

- E por que não?

Antes que eu estragasse aquela noite dizendo: “Porque estou naqueles dias!” , inventei uma boa desculpa. Ele não merecia - aliás, nenhum homem no mundo merece saber disso.

- Não estou num período muito bom para sexo...

-Não entendi...

Se o Daniel fosse mulher com certeza me entenderia. Mas ele não entendeu. Então...

- Estou naqueles dias – Dane-se. Não ia rolar sexo mesmo.

Ele me encarou com uma feição infantil no rosto e riu, dizendo.

- Ah tá... Bom, eu compreendo.

Suspirei e beijei sua boca novamente com carinho para consolá-lo por aquela noite sem sexo depois de duas semanas.

De repente Daniel interrompe o beijo e me pergunta.

- Mas posso te pedir uma coisa?

- Claro!

Vi seu rosto corar levemente. Com certeza ele me pediria algo bem peculiar.

- Pode... Me dar um consolo?

(abro aqui um parêntese sobre essa frase tão linda do meu querido. Naquele momento minha mente inocente havia entendido um outro tipo de consolo, aquele que você enche a pessoa de mimos quando se decepciona com algo, deita a cabeça dela em seu colo e começa a fazer um carinho gostoso em seus cabelos...)

- Consolo? Meu beijo não serviu? – Brinquei, não reparando no duplo sentido da palavra.

- Você não entendeu – Seu rosto corou mais ainda. Senti uma vontade gigante de mordê-lo. Tão homem, mas tão tímido! – É um outro tipo de consolo – Logo o sinto pegar minha mão e guiá-la até o seu baixo ventre. E pelo que pude notar, ele realmente precisava de atenção.

- Hum... Sexo oral? – Minha voz adotou um tom baixo, dando um leve aperto em seu membro coberto pela calça. Ele soltou um suspiro pesado.

- Você me deixou assim – Alegou mordendo o lábio inferior quando dei mais um apertão, agora com mais força – Eu quero a sua boca... Bem aqui... – Pediu, apontando para o tal volume suspeito.

Já que eu não tinha condições em dar o que ele queria, então meus lábios fariam isso por mim. De um jeito bem lento, cruel e molhado.

- Ah, você quer? – Perguntei manhosa, posicionando-me de modo que meu rosto ficasse de frente para o alvo, quase que de quatro, com o traseiro bem empinado, enquanto abria o zíper de sua calça.

- Muito – Respondeu já enterrando uma mão em meus cabelos, esperando que eu o atacasse.

Assim que abri o zíper e abaixei um pouco sua roupa íntima, peguei seu membro com carinho e comecei a fazer pequenos movimentos de vaivém instigando-o, fazendo-o soltar um leve gemido. Sua voz grossa entonando gemidos prazerosos era delicioso.

Meus dedos deslizavam com maestria por toda a extensão de seu pênis enquanto meus lábios passaram a provocar a região da sua virilha. Quando vi que Daniel já arfava excitado demais, parei com os movimentos e sussurrei em seu ouvido.

- Pede, vai...

E ele respondeu, com um murmúrio prazeroso.

- Me chupa...

Resolvi torturá-lo.

- Como você quer que eu te chupe...?

- Ah... Chupa devagar e com força, coloca ele inteiro dentro dessa sua boca deliciosa... – Disse, soltando mais um gemido sôfrego quando sentiu meu polegar esfregando sua glande lentamente.

Dei uma risadinha com aquelas palavras tão pervertidas e finalmente abaixei meu rosto muito de repente, iniciando aquele ato. Meus lábios começaram sugando a ponta de seu membro levemente para depois colocar mais intensidade naquela carícia tão erótica, dessa vez sugando com mais avidez. Ele gemia tomado pelo delicioso delírio de ser loucamente chupado, fazendo-me quase gemer também mesmo com a boca ocupada demais.

O ruim de estar naqueles dias em momentos assim é que não dava para fazer muitas coisas deleitáveis. Não podia me tocar, não podia deixar ser tocada. Receber sexo oral então? Argh, nem em pensamento – muito nojento, eu sei. Daniel foi quem mais se divertiu, enquanto eu fiquei na vontade. Em partes, quer dizer. Nada mais adorável do que vê-lo gemer com o rosto corado, a testa suada e as mãos trêmulas em meus cabelos... Só de saber que eu causava esse êxtase todo nele elevava meu ego em índices impressionantes.

De repente meus lábios foram deslizando pelo seu pênis até a base, tomando-o por completo. Daniel urrou de prazer, fechando suas mãos com mais força em meus cabelos, incentivando-me a sugar-lhe com mais força. Pediu num fio de voz.

- Mais forte...

E eu não me fiz de rogada, claro. Passei a sugá-lo com mais força, apertando seus testículos com uma das minhas mãos. Mais, mais... Era isso que ele queria. Abandonei por um momento seu membro retirando-o por completo da minha boca e comecei a dar atenção aos testículos, chupando-os com certa selvageria. Mais um urro vindo dele.

- Pervertida... Gosta dele não é...?

- Muito! É tão delicioso... – Respondi obscena, dando um beijinho na ponta de seu pênis e voltando a sugá-lo e lambê-lo com a mesma safadeza de antes, ou até pior.

- Ahh Lilly! Não pare agora... !

Bingo! Presumi que ele estava quase lá. E não parei, continuei chupando-o com força e agilidade, com ele empurrando minha cabeça num pedido mudo para que eu continuasse com aquela felação tão selvagem. Até que ele não resistiu.

- AHH...!

Ele soltou um gemido alto e prolongado e derramou seu êxtase em minha boca. Continuei lá sorvendo todo aquele líquido quente e deliciosamente amargo até que não sobrasse quase nenhuma gota.

Dei uma última lambida em seu membro e em seguida subi em direção ao seu rosto coradíssimo, tomando seus lábios num beijo romântico. Ele retribuiu da mesma forma, acariciando meus cabelos.

Sorrimos um ao outro e esfregamos as pontas de ambos nossos narizes uma na outra.

- Está sujo aqui – Falou, passando o polegar no canto da minha boca, limpando um resquício de sêmen que havia ali.

Agradeci, dando um selinho nos lábios e voltando minha atenção ao seu baixo ventre, dessa vez para “arrumar” a bagunça que eu tinha feito. Peguei um lenço que estava no criado mudo e passei em seu membro que ainda estava molhado de sêmen e saliva. E depois o encobri de volta com sua boxer e fechei o zíper da sua calça.

Depois de arrumar a bagunça, só me restava deitar a cabeça em seu peito e ouvir sua respiração, como música para meus ouvidos.

Ainda peguei um chocolate e comi com gosto.



*se prepara para as pedradas*

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sumiço.

Oi oi oi. ☻

Estive sumida daqui nessas últimas semanas porque andei doente. Coisa que eu não sentia há anos: a sensação de "enfermidade", como eu costumo dizer. Uma febre chata, inexplicáveis náuseas que me faziam botar pra fora o café da manhã inteiro e uma rinite desgraçada.Uma pequena, mas incômoda virose. Não precisei ir para o médico (primeiro porque odeio hospitais, e segundo porque eu não estava com condições nem para colocar o pé na rua), passei essas últimas semanas tomando soro caseiro, comendo muito pouco (menos do que antes, só na sopinha de mamãe...) e vivendo de paranóias, achando que eu pioraria. Eu sempre fico mais paranóica quando estou doente, porque sempre acho que nessas situações a tendência é SEMPRE a de piorar. Mas estou melhor. Voltei a comer normalmente (uma colher de arroz, uma concha mequetrefe de feijão e algum pequeno pedaço de bife, não sei se é tão normal assim...), e a comer besteiras.

Desmotivação também foi outro fator para o meu desaparecimento do blog nessas últimas semanas. Sei lá, eu estava sem muita vontade de escrever. Minha criatividade está sendo massacrada pelo meus problemas pessoais e pela névoa negra de pessimismo que encobre a minha cabeça. Minhas entrevistas não estão me dando resultado nenhum, estou gastando conduções à toa indo pra lugares lá na casa do caralho. E nada. Nenhuma empresa tá afim de me contratar, já notei isso. Fica difícil desse jeito.

Tá cada vez mais complicado viver dessa maneira, com tudo dando errado, recusando convites de rolês maravilhosos por falta de dinheiro e de vontade e muitas outras coisas. Tá chato pra mim inventar desculpas pra não sair. Não consigo falar: "olha, eu não vou sair porque minha vontade de morrer é maior que a minha vontade de te ver". Eu sempre tenho que inventar alguma desculpa bem esfarrapada pra não deixar a pessoa mais desesperada. Já pensou se eu falo isso aí? Não vou viver me paz nunca, com a pessoa querendo saber a todo tempo como eu estou, quando na verdade ela nem tá tão preocupada assim.

O pior é como EU me sinto. Cada vez mais me sinto um fardo muito grande para minha mãe e pro meu pai. Afinal estou com 20 anos, eu deveria estar no 3° ano do meu curso de jornalismo, com um namoradinho legal e com uma vida estável. Coisa que eu sempre imaginei enquanto eu estudava no Ensino Médio, eu almejava esse futuro. Mas está contecendo tudo absolutamente ao contário. Todo mundo está a anos-luz à minha frente, enquanto eu continuo nesse buraco, recebendo as críticas mais pesadas da família inteira.

E a bem da verdade é que eu me sinto muito, mas MUITO envergonhada de ser assim.

•••

[Sociofobia]
[Transtorno de Personalidade Esquiva]

Acho importante as pessoas saberem que tudo isso que eu sinto (e muitas outras pessoas também sentem) não é frescura. É coisa séria.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estar naqueles dias.

Olá.

Algo não-bom aconteceu. Acordei com a sensação de que alguma coisa desagradável iria acontecer. E sim, aconteceu. Estou naqueles dias.

E você se pergunta: e daí? Quem quer saber se você está ~naqueles dias~ ou não? A questão aqui não é o fato de eu estar naqueles dias e sim os malefícios. Sim, malefícios. Ah tá, você acha legal a sua periquita sangrando todo mês? A não ser que você esteja comemorando muito agora por saber que não está grávida POR SORTE...

Malefícios físicos e emocionais. Mais emocionais do que físicos. Mas parece que ambos aparecem numa pancada só: aquela cólica do caralho, que dá a sensação de que há um alien torcendo seu útero, uma sensação inexplicável de chorar e de vomitar ao mesmo tempo, aquela dorzinha de cabeça e o "auto-nojo". Eu sempre sinto o auto-nojo. É quando você não quer nem se olhar no espelho por estar inchada, com a cara péssima e de muito, mas muito mau humor.. Eu me sinto nojenta nesses dias, e não é só por causa do fluxo menstrual.

Hoje por exemplo saí pra mais duas entrevistas de emprego. Imaginem que beleza: eu saindo no sol, de roupa social, me sentindo um lixo e com uma cólica dos diabos me atacando. Ah sim, tomei um Atroveran. Só quando cheguei no local da entrevista é que passou. Coisa que eu odeio é sair de casa quando estou na sangria. Porque só quem já sofreu um acidente de percurso na calça sabe como é. Calma, é quando o modess não dá conta, saca?

Enfim, estou chateada por causa disso (8 dias de tortura, vai se foder!) e porque estou exausta de tantas entrevistas sem nenhum resultado. O orçamento de casa está apertando, a coisa tá ficando preta e eu preciso ajudar. Mas parece que alguém fez uma macumba pra mim, sabe? Já falei por aqui sobre isso.

Este post é curto, porque meu pulso direito desde ontem misteriosamente dói e tá me incomodando, e porque eu não tenho muita coisa pra falar. Fico no vermelho e com amnésia.

Ah, e vê se coloca esse absorvente direito hein!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Rabiscos.

Nesses últimos dias eu não estava com muito saco pra escrever. Então resolvi tirar as teias de aranha, desinterrar o lápis e a borracha e voltar a desenhar. SIM, EU VOLTEI A DESENHAR. Me disseram que eu tenho que fazer algo que eu realmente goste...
 
E saiu isso aí:
 
 
Pra quem não sabe, é a Chii, do anime/mangá Chobits, que é muito fofo por sinal. Ela é difícil de desenhar, por causa do cabelão, dos olhos enormes e da delicadeza, que só os personagens criados pela CLAMP conseguem atingir. Eu queria tanto ter a criatividade e os traços que as garotas da CLAMP fazem, puta que pariu. Enfim... Saiu essa versão mal-feita dela, num momento de ~criatividade~.

Posso mostrar outro que eu fiz há muitos anos? Hã, hã? Não? Tá...

POSSO?! 
Êba!


Essa é a linda, maravilhosa, doce, meiga, kawaii desu, fodona e dona do mascote mais fofo da história dos animes: Sakura Kinomoto, de um dos meus animes favoritos, Cardcaptor Sakura. Fiz em 2005, quando eu ainda estava mais ou menos na sétima série. Lembro que eu tinha ganho um kit de tintas guache da escola de artes plásticas da qual eu era aluna na época, e eu assistia muito Cardcaptor Sakura quando passava na Globo. Então numa bela tarde, assim que cheguei da escola, peguei o lápis, a borracha, as tintas e mão na massa! E enfim... Apesar de feito de qualquer jeito, é o meu preferido. E tenho um carinho gigantesco por ele.

E o último... É O ÚLTIMO, PROMETO!


Shion de Áries e Dohko de Libra, ambos da saga Lost Canvas de Saint Seiya (abrasileirado como: Cavaleiros do Zodíaco). Porque amo o Shion e amo o Dohko. Preciso dizer mais alguma coisa?

Espero que vocês tenham gostado. Ou não. Tenho que ser boa em alguma coisa, né?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Puta que pariu, de novo.

Olá. Tudo bem com você?

Provavelmente você me responderia que sim, que está tudo bem. E em seguida, você soltaria a pergunta que eu mais odeio responder: "E com você, tá tudo bem?".

Adoraria mesmo responder que sim.

Sexta-feira passada mamãe voltou a falar comigo. Ou melhor, berrar comigo (Não falei? Eu sabia que ela voltaria a falar comigo da forma mais estúpida do mundo, eu sabia...). O "moio" foi o seguinte:

Algum amigo do meu pai (algum filho da puta que eu realmente gostaria muito de matar se fosse possível e se eu tivesse coragem suficiente para tal tarefa) me viu passando na rua fumando. Meus pais não sabiam. Chego a pensar que foi uma completamente criancice esconder isso dos meus pais. Mas é porque eles são completamente contra os cigarros, porque faz mal, pode me levar para o caminho das drogas e etc... Voltei a fumar porque meu estresse intenso vai e volta como ioiô e não encontrei nada melhor (ou pior) para relaxar do que um maço de Marlboro. Eu já fumava antes, mas parei por uns tempos. Eu fumava por curtição. Hoje fumo para ver se consigo tirar a angústia dentro de mim junto com a fumaça. E também porque gosto. Falar com pessoas nem adianta muito. O cigarro relaxa um pouco sim. Tá bom, tá bom... Eu sei que faz mal! Não gostaria que fizessem o mesmo, mas eu costumo colocar a minha própria conta em risco, então... Eu liguei o foda-se. O que é uma merda pra quem tá cagado afinal, né.

Enfim... O cara perguntou pro meu pai se eu fumava. Meu pai em choque disse que não, não que ele soubesse. Só sei que depois meu pai contou pra minha mãe, e ela veio soltando os cachorros pra cima de mim. E DE NOVO (puta que pariu, mas DE NOVO... !) nós brigamos. Disse toneladas de grosserias e maluquices. Não cheguei a surtar como da outra vez, mas chorei bastante. Não pela bronca em si, mas... Mas que caralho, brigamos de novo, estou cansada dessa merda!

No dia seguinte fui ao cemitério visitar o túmulo da Mitsu, já que era o aniversário dela. Psicologicamente eu ainda estava frágil depois da noite anterior, mas mesmo assim fui. Minha amiga Ellen estava comigo, e acho que pela primeira vez na vida dela ela me viu chorando feito criança. E estávamos num ônibus. Eu infelizmente não consegui segurar as lágrimas. E enquanto eu explicava pra ela o status que deixei no Facebook, eu sentia apertos estranhos no peito, como se cada palavra que eu repetia que minha mãe havia me dito furasse profundamente o meu coração.

Aliás, hoje mesmo fui à um centro de psicologia lá no Ipiranga, me submeter à umas sessões. Já que o SUS gosta de me enrolar e me ver na merda, então achei esse. Eles fazem atendimentos gratuitos. É de curta duração, até o SUS parar de fazer cu doce e resolver me ajudar. Foi apenas minha primeira consulta, a triagem. Aquela falação toda, quando tudo começou. Veremos no que isso vai dar dessa vez.

Me despedi da minha amiga lá no Gethsêmani pedindo muita força pra mim e uma luz na cabeça da minha mãe.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Feliz aniversário, my best.

Hoje é dia 18 de abril. Um dia muito feliz pra você. Você estaria completando 20 anos. Estaria comemorando seu aniversário, se a vida não tivesse sido tão cruel.

Mas vamos supor que nada tenha acontecido à você. Provavelmente você teria acordado cedo, mesmo não estando trabalhando. Acordada no pique, com muita vontade de ver seus amigos e sair por aí. Mas você à esta hora estaria tomando café da manhã com o seu pai, pensando em qual roupa vestir para dar uma caminhada pela orla da praia, afinal você estava morando no Litoral, deixando para trás o estresse de São Paulo. Você estava sem os seus incontáveis amigos. Apenas você, seu pai, seu bebê e Deus.

Ah sim, você estava grávida. Lembro muito bem que você tinha muitos planos em relação ao futuro do bebê. A começar pelo nome dele. Se fosse menina, seria um nome bem único. Você tinha me dito vários nomes, mas você tinha curtido um em especial: Melody. Parece maluco chamar sua filha assim; eu estranhei, a Ellen estranhou. Mas te agradava muito, porque eu via um certo brilho nos seus olhos. E se fosse menino? Ficamos sem saber o nome.

Será que você me chamaria pra sair hoje? Lembro que nos seus aniversários sempre acontecia alguma coisa de bom. Festinha, bolo, gente te dando carregamentos de presentes... Eu nunca pude te dar um presente porque nunca me sobrava dinheiro, mas você não se importava. Dizia que minha amizade era mais importante que qualquer coisa material. Eu achava isso lindo em você. Não se importava tanto com o material... Quer dizer, só um pouco. Sempre ia pro shopping à cada semana pra comprar mais roupas e quilos de maquiagem que eu particularmente não usaria.

Era incrível como sempre arranjávamos algum rolê maroto só para bebermos. Íamos para todos os tipos de rolês. Sem nenhum arrependimento. Lembro que você bebia pra caralho, mais do que a sua rodinha de amigos do cursinho do Etapa, que apesar de aparentarem nerdice, eram os "alambiques" da turma. E claro, sempre ficávamos bêbadas. Você até ficava caída por aí nas ruas e nas baladas, falando mais merda que o normal e passando bem mal. Mas tudo isso era compensado pela diversão. E pelo estresse no final porque eu ficava muito puta quando você ia embora com uns putos que você nem conhecia direito, meio que nos abandonando depois. 

Lembro que você tinha 4569356384658375835928652895 coisas pra comprar. Dessas 4569356384658375835928652895 coisas, umas 2568475678684768576845899 eram relacionadas ao seu namoradinho Hideo e aos seus dois grupos de K-Pop preferidos: Super Junior e B2ST (ou Beast). Eu apoiava plenamente a sua aquisição de um Nintendo DS e um Wii.

Você odiava me ver mal. Procurava sempre me deixar alegre com simples palavras: "Ah mano, manda todo mundo ir se foder e pronto!". Procurava levantar minha auto-estima, dizendo que eu era linda, que eu tinha que me valorizar, que queria ter os lábios que eu tenho, a bunda que eu tenho, que se eu começasse a tomar anti-concepcional e fizesse academia eu ficaria "super gostosa"...E daí inventamos de dançar break dance. Foi o maior epic fail de nossas vidas; primeiro, porque nós não sabíamos dançar, e não tinhamos desenvoltura pra isso; e segundo porque aquele não era o meu mundo, não era a minha praia. Minha praia era rock 'n' roll, coisa velha e animes. Você sabia, mas segundo você, eu tinha que "ampliar os horizontes, procurar curtir coisa nova". Acho que não funcionou, viu?

E as P.E.T? Paula, Ellen, Tifany. Talvez tenha sido a coisa mais engraçada que eu já vivenciei. Eu não costumava participar de grupinhos e panelinhas, mas você criou esse aí e eu achei divertido. Éramos inseparáveis, puta que pariu! Tinha até comunidade no Orkut e tudo.

Muita coisa nós fizemos. Quer dizer, você fez.

Mas acho que a coisa que eu mais odiei que você tenha feito foi ter se afastado de mim, da Ellen e da Ju. Tá bom que você a Ju nem se falavam direito e etc, mas até ela ficou um pouco chateada. Imagine como eu e Ellen ficamos. Eu não sei, depois que você começou a namorar o pirralho eu sentia que você estava começando a achar que o mundo girava em torno de vocês dois apenas e pronto. Isso me deixou triste, você aos poucos estava trocando nossa amizade de anos por um namorico de meses. Mas você estava apaixonada. Loucamente apaixonada. Tão apaixonada que largou tudo pra viver no Litoral de São Paulo depois que engravidou. Parecia que você havia se esquecido de todos os seus sonhos que você contava pra mim: da sua faculdade de Direito, do seu apartamento na Santa Cecília ou em algum outro bairro cool por aí, do seu tão sonhado carro...

E parece que a vida lhe deu o certificado de missão cumprida no dia 31 de agosto de 2011.

Feliz aniversário, my best. Tudo de bom pra você. Deixe os doces pros anjos, e dê o primeiro pedaço do bolo para seu pai que está bem aí ao seu lado, por ele ter te acolhido no momento mais difícil que você passou por aqui. O segundo pedaço dedique à sua mãe, porque ela te ama muito, acima e apesar de tudo o que ela já disse à você. O terceiro dê à sua filha/filho (fiquei sem saber o sexo!). O quarto dedique ao pirralho Hideo, porque ele também te socorreu nas horas que você mais precisou e você o amava muito, apesar dele ter afastado você de mim. E o quinto pedaço dedique à mim, à Ellen, à Ju, à Mari, à Twin Cendi, ao Alex, ao Viotti, ao Rafa, ao Mika... E pra todos aos seus amigos que estiveram ao seu lado.