terça-feira, 5 de novembro de 2013

Culpa de quem?

Dói se sentir culpada.

Ultimamente este maldito sentimento de culpa cresce dentro de mim mesmo sem encontrar um motivo aparente para, de fato, me sentir culpada de alguma coisa.

Autodestruição, egoísmo, dor... A culpa é minha mesmo?

Talvez sim. O misto de sentimentos confusos não me ajuda a enxergar essa tal culpa.

Eu achava que a culpa era dos outros. Eles que me machucavam. Eles que me olhavam com nojo. Eles que queriam que eu desaparecesse.

Quando na verdade, era eu quem fazia e sentia (e ainda faço e sinto) tudo isso.

Culpa de quem?

Dói se sentir culpada.

Ultimamente este maldito sentimento de culpa cresce dentro de mim mesmo sem encontrar um motivo aparente para, de fato, me sentir culpada de alguma coisa.

Autodestruição, egoísmo, dor... A culpa é minha mesmo?

Talvez sim. O misto de sentimentos confusos não me ajuda a enxergar essa tal culpa.

Eu achava que a culpa era dos outros. Eles que me machucavam. Eles que me olhavam com nojo. Eles que queriam que eu desaparecesse.

Quando na verdade, era eu quem fazia e sentia (e ainda faço e sinto) tudo isso.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma xícara de pessimismo.

Meu pessimismo incomoda.

Vejo gente criticando o meu ponto de vista sobre as coisas como se não houvesse amanhã. Isso tá ficando frequente e sinceramente? Estou ficando de saco cheio.

Pra quem não vê tudo cinza 24 horas por dia tudo é o máximo. Nada de adversidades, traumas, cara feia, estresse. A vida pra essas pessoas é um filme da Disney. Tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO é exacerbadamente feliz e perfeito. Daí quando esse tipo de gente se depara com gente como eu é fogo... Eu não posso ser crítica, ríspida, expressar minha opinião com gosto de fel que já começam com a encheção de saco: "Nossa, mas como você é chata", ou "Para de mimimi!".

O maldito "mimimi". Há quem pense que depressão é "mimimi", frescura, falta do que fazer. Não, caras. Idiota é aquele que pensa que uma doença (esta porra é, sim, uma doença) é pauta pra piadinha mequetrefe de gente "felizinha".

Eu tô careca de ouvir esse blá blá blá todo. Não tenho como mudar agora, está sendo difícil. Sentir que está perdendo pouco a pouco a sua identidade e se perguntar "quem sou eu e o que eu estou fazendo aqui" o tempo inteiro é algo estafante.

Não desejo isso pra ninguém. Mas olha... Me desculpem, mas os que me atingem merecem. Eu deveria ter um poder mágico que transferisse minha depressão para qualquer babaca. Mas aí eu seria mais babaca ainda talvez. Porque estaria sendo egoísta. Estaria pensando em mim pelo menos uma vez na vida, mas não de uma forma satisfatória.

Às vezes a gente pensa que sendo "malvadinho" resolve alguma coisa, nos faz fortes e grandes. Pelo contrário. Não dá pra se sentir forte quando na realidade você está fraco.

Não, eu não calo a boca. E sabem por quê? Porque acho que guardar pra mim tudo aquilo que sinto (mais do que eu já guardo) só vai piorar. E aí eu explodo. E não será legal.

Não dá pra pensar positivo e ser feliz quando você não se sente (e não está) feliz. É difícil mudar a mente pro modo pílula da felicidade quando você se sente vazia, idiota, feia, deslocada de tudo.

Portanto, poupem-me dessa "felicidade".

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

[foto]

"Estou cansado.

Cansado de brigar com outros gatos, cansado de me machucar em cacos de vidro espalhados pelos telhados. Cansado de pisar e sentir o cheiro de veneno de rato que sempre me ameaça de morte. Cansado de ver meus pelinhos sempre imundos e infestados de pulgas desse mundo igualmente sujo. Cansado de miar, miar e miar e ninguém me ouvir.

Mas você me ouviu. Me sinto seguro.
Posso dormir aqui com você? Estou muito cansado".

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gagarin's smile.

Eu sou muito curiosa.

Já faz umas semanas que ando lendo muito sobre feitos históricos e pessoas extraordinárias. E, no meio dessas pessoas extraordinárias, uma me chamou a atenção: o cosmonauta soviético Yuri Gagarin. É, ele mesmo, aquele cara que viu esse planetinha de meu Deus lá do espaço e disse que a Terra é azul e blá.

Mas não foi por causa desse feito que ele me encantou. Foi o seu sorriso.

Sim. Procura umas imagens dele lá no Google pra você ver. E tenta ignorar uma das sobrancelhas, horrorosa por sinal.

Eu admiro sorrisos verdadeiramente humanos, como se a alma da pessoa estivesse sorrindo pra você, no objetivo de acertar em cheio na sua alma. E ele tinha um sorriso lindo! Era lindo porque era evidente no seu semblante o quanto ele amava ser aquilo que era, o quanto amava a vida que tinha. Acho que a maior demonstração de gozo pela vida está no sorriso de alguém. E você percebe a veracidade de um sorriso, é até fácil de enxergar.

E o Yuri era assim. Eu queria ser tipo ele: cheio de vida, otimista, charmoso e receptivo com as pessoas. Eu, na verdade, queria sorrir mais como ele (tentando esquecer dos meus dentes tortos, principalmente...).

Diziam que era impossível olhar para o cara e não sorrir junto. Era tanto, mas tanto carisma que o mundo inteiro se apaixonou por ele. Gosto de pessoas assim, naturais, humanas mesmo.

Ele era um ser incomum. Principalmente porque ele era o oposto dos soviéticos da década de 60: enquanto os caras eram altões, sisudões e puxas-saco do jeito Stalin de ver o mundo, ele era baixinho, atencioso e admirava as pessoas e o mundo onde viveu (e viu lá de cima). Vê se hoje em dia você encontra gente assim. Dá pra contar nos dedos, eu aposto.

Ele, de fato, era incomum.

E eu admiro gente incomum. Tanta mesmice enche o saco e desanima.

Tão incomum que parecia um anjo, ouso dizer.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Jardim.

Oi.

Então, voltei. Não vou explicar o porquê desse hiato quase interminável. Vocês já devem imaginar o motivo.

Resumo o que aconteceu, então: provas finais do semestre, aniversário, dores de cabeça, Prozac comin' back to me, etc. Nada de namoradinhos, sexo, dinheiro, baladinhas pra desfrutar.

Me encantei com gente viva e com gente morta (!). Mandei o mundo ir pra puta que pariu. Peguei trem lotado (e ainda pego!), ônibus lotado. Cabeça lotada de preocupações.

Tudo continua do mesmo jeito. Continuo levando desaforo, raiva, estresse, indignação... Tudo pra casa. Esperanças? Calma lá, tô tentando plantar as minhas. Na terra seca tem jeito?

Mas ainda tenho o meu pobre jardinzinho chamado vida. E tô tentando cuidar com todo o meu amor que ainda me resta.

domingo, 9 de junho de 2013

Dores da vida.

A vida. Ela gosta de me sacanear.

Junho está sendo uma merda. Uma merda muito grande. Acho que meus problemas, que pensei terem ficado no passado, voltaram com tudo. Com tudo mesmo, com direito até a cartinha do SCPC/Serasa.

A começar pelo meu desempenho na faculdade. Descobri que tenho que fazer vários exames para compensar umas notas ruins que consegui tirar. Só fui aprovada em duas matérias. DUAS. Isso comprova a minha total incompetência, amigos. E o pior é que preciso ler vários livros para as provas, e ninguém da faculdade que me adicionou no Facebook fez o favor de me dizer quais são (mesmo depois de, muito relutantemente, ter perguntado), porque parei de ir pra lá. Por duas razões: 1) O semestre praticamente acabou, e o conteúdo das matérias também. Fora que (acho que) os professores não estão fazendo chamada; e 2) Meu psicológico atual não permite. Me sinto tão cansada de tudo que não encontro ânimo para mais nada. Chego a pensar todos os dias que a faculdade foi a maior besteira que fiz nesse ano. Eu deveria ter esperado mais. Deveria ter cuidado de mim primeiro, para depois cuidar do meu futuro. Jornalismo é, sim, o que eu quero fazer, é o que eu quero pra minha vida, mas não agora. Acho que me precipitei demais. E ouvi demais o blá blá blá da minha mãe sobre voltar a estudar. Provavelmente eu nem estava preparada para isso. Achei que estava. Mas sinto que não estou. E aí vem a grande questão: tranco ou não a faculdade? Se eu trancar a faculdade vou me sentir cada vez mais frustrada comigo mesma e imagine a III Guerra Mundial que vai acontecer aqui em casa se eu inventar de fazer isso. Aí a única saída seria uma "solução final" em mim.

Essa situação reflete também no meu desempenho no trabalho. Minha supervisora (que está sendo ultimamente minha psicóloga particular) já vê de cara, a quilômetros de distância, que eu nunca estou bem. Aí ela me abraça, conversa comigo, tenta me confortar de alguma forma. Não reclamo muito do meu trabalho (trampo de segunda a sexta, sábados, domingos e feriados de folga, é uma bênção!), apenas acho o salário que eu ganho insuficiente para as coisas que eu quero fazer... Mas é que fico com a cabeça tão atulhada de preocupações que acho que meu desempenho por lá esteja muito duvidoso. Estou deixando de fazer algo que eu amo: ler. Porque fico tão, mas tão triste e preocupada com o rumo que a minha vida está tomando que perco a minha concentração quando quero ler. Eu descontava minhas decepções com a realidade lendo uma caralhada de livros. Agora nem isso consigo fazer direito. Desconto minhas decepções no cigarro. Eu não deveria, mas acho que não resta outra coisa pra se fazer. Chocolates e salgados não resolvem mais.

Aí, pra foder tudo de uma vez, recebi as cartinhas do SCPC/Serasa, sobre uma dívida que tenho no banco. E se eu tenho condições de pagá-la? Óbvio que não. Falta fazer uma renegociação, mas vocês sabem... Falta de tempo, de paciência... De tudo. Ainda mais quando a agência onde foi feita a conta fica lá na casa do caralho.

E é certeza que minha mãe não vai me ajudar de jeito nenhum. Ainda mais agora, que voltamos a brigar por qualquer merda. Até por causa do nosso cachorro. Resumindo a história: ela quer tirá-lo de mim e eu não quero. Porque ela está com a rinite atacada (e eu também) por causa dos pelinhos dele e blá blá blá. Ele é importante pra mim. Tanto ele quanto minha gatinha de estimação. É que as pessoas daqui de casa parecem que não sabem, mas eu sofro de alguma coisa que fode a mente, sabe... E eu preciso de algo para amar verdadeiramente, já que não gosto e não confio na maioria das pessoas ao meu redor. Carência? Pode até ser. Dizem que quando uma pessoa ama incondicionalmente um animalzinho, ela pode estar sofrendo de algum tipo de distúrbio afetivo. Somente eles me fazem esquecer da depressão, da ansiedade, do estresse... Da vida ruim em geral. E aí minha mãe vem, fala um monte de coisa (grande coisa que é verdade, eu sei, mas que eu quero esquecer em nome da minha já destruída paciência) e decide tirá-lo de mim. Não, eu não aceito. Ela sabe como vou ficar sem um deles.

Fora que ela anda muito nervosa com tudo. Com tudo mesmo. Deve ser a menopausa. Ou eu.

Eu não queria que as coisas fossem assim. Eu achei que eu superaria meus problemas, eu achei que esse começo de ano seria menos ruim do que os outros, mas mais uma vez me vejo totalmente enganada. Eu não sei se é algum castigo. Acho que devo ter sido uma pessoa muito ruim numa vida passada, e que agora eu devo estar pagando os altos preços da vidinha anterior.

Por causa de tanta coisa que acontece, sempre acho que a minha presença é algo que atrapalha, que incomoda, que causa discórdia. Pessoas como eu mais atrapalham do que ajudam. E se eu penso numa "solução final" para a minha vida? Tsc... Claro que penso. Todos os dias.

"A vida é uma guerra sem tréguas, e morre-se com as armas na mão" - SCHOPENHAUER.