Estive sumida daqui nessas últimas semanas porque andei doente. Coisa que eu não sentia há anos: a sensação de "enfermidade", como eu costumo dizer. Uma febre chata, inexplicáveis náuseas que me faziam botar pra fora o café da manhã inteiro e uma rinite desgraçada.Uma pequena, mas incômoda virose. Não precisei ir para o médico (primeiro porque odeio hospitais, e segundo porque eu não estava com condições nem para colocar o pé na rua), passei essas últimas semanas tomando soro caseiro, comendo muito pouco (menos do que antes, só na sopinha de mamãe...) e vivendo de paranóias, achando que eu pioraria. Eu sempre fico mais paranóica quando estou doente, porque sempre acho que nessas situações a tendência é SEMPRE a de piorar. Mas estou melhor. Voltei a comer normalmente (uma colher de arroz, uma concha mequetrefe de feijão e algum pequeno pedaço de bife, não sei se é tão normal assim...), e a comer besteiras.
Desmotivação também foi outro fator para o meu desaparecimento do blog nessas últimas semanas. Sei lá, eu estava sem muita vontade de escrever. Minha criatividade está sendo massacrada pelo meus problemas pessoais e pela névoa negra de pessimismo que encobre a minha cabeça. Minhas entrevistas não estão me dando resultado nenhum, estou gastando conduções à toa indo pra lugares lá na casa do caralho. E nada. Nenhuma empresa tá afim de me contratar, já notei isso. Fica difícil desse jeito.
Tá cada vez mais complicado viver dessa maneira, com tudo dando errado, recusando convites de rolês maravilhosos por falta de dinheiro e de vontade e muitas outras coisas. Tá chato pra mim inventar desculpas pra não sair. Não consigo falar: "olha, eu não vou sair porque minha vontade de morrer é maior que a minha vontade de te ver". Eu sempre tenho que inventar alguma desculpa bem esfarrapada pra não deixar a pessoa mais desesperada. Já pensou se eu falo isso aí? Não vou viver me paz nunca, com a pessoa querendo saber a todo tempo como eu estou, quando na verdade ela nem tá tão preocupada assim.
O pior é como EU me sinto. Cada vez mais me sinto um fardo muito grande para minha mãe e pro meu pai. Afinal estou com 20 anos, eu deveria estar no 3° ano do meu curso de jornalismo, com um namoradinho legal e com uma vida estável. Coisa que eu sempre imaginei enquanto eu estudava no Ensino Médio, eu almejava esse futuro. Mas está contecendo tudo absolutamente ao contário. Todo mundo está a anos-luz à minha frente, enquanto eu continuo nesse buraco, recebendo as críticas mais pesadas da família inteira.
E a bem da verdade é que eu me sinto muito, mas MUITO envergonhada de ser assim.
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[Sociofobia]
[Transtorno de Personalidade Esquiva]
Acho importante as pessoas saberem que tudo isso que eu sinto (e muitas outras pessoas também sentem) não é frescura. É coisa séria.
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