quarta-feira, 30 de maio de 2012

[historinha aleatória n°1]


21:04 pm

Graças à todas a entidades cósmicas e filantrópicas do mundo terminara de preparar as fotos que havia tirado para a revista e deixei meu trabalho nas mãos de Ed. Talvez eu estivesse mais relaxada e  isso deve ter me ajudado muito na conclusão do trabalho. Logo avisei a Ed que receberia a visita de Daniel no quarto e pedi para que ele e Mia passassem a noite em outro quarto. Ele logo concordou porque viu meu estado emocional durante o dia inteiro e não quis contestar comigo. Saí às pressas do escritoriozinho do hotel e fui direto ao elevador que me levou até ao 12° andar, onde ficavam nossos quartos. Tive que ligar de volta para o Daniel para falar o andar e o número do quarto que eu estava.

E lá estava eu no quarto do hotel, correndo para o banheiro para tomar uma delícia de banho quente. Depois do banho abri minhas malas procurando uma roupa decente para passar a noite – não vou de lingerie sexy de novo! Vesti uma calcinha branca de algodão e uma roupa de dormir – Uma camisetinha básica, um blusão preto do Mickey Mouse por cima e só. Era apenas uma visitinha, e não um jantar super romântico e requintado. Não rolaria nada demais, até porque eu estava naqueles dias. Apenas a sua companhia me faria bem a noite inteira e pela manhã também, por que não?

Deitei-me na cama e fui assistindo um programa qualquer na TV enquanto ele não chegava. Finalmente um momento de sossego naquelas exatas duas semanas de muito trabalho e carência afetiva.

O interfone do quarto tocou e logo fui atendê-lo. Era a recepcionista do hotel avisando que Daniel havia chegado. Permiti que ele subisse até o 12° andar. Assim que desliguei o interfone procurei o espelho mais próximo e passei a mão em meus cabelos, arrumando os fios que insistiam em se manterem fora do lugar. Apliquei um gloss transparente em meus lábios e borrifei meu perfume atrás das orelhas e nos pulsos.

Enquanto eu fazia caras e bocas na frente do espelho, logo ouço alguém batendo na porta. Era ele. Dei mais uma olhada no espelho e fui direto à porta para atendê-lo. Nem me preocupei em vestir alguma calça. Apenas abri a porta e pude vê-lo com um sorriso formando-se em seus lábios e seus olhos desviando a atenção em direção as minhas pernas nuas.

- Boa noite Daniel... Quanto tempo, não é? – Comecei tímida.

- Boa noite Lilly... Pois é, faz um tempinho, não é? Aliás, o Mickey é legal – Comentou com um risinho discreto referindo-se à estampa da minha blusa.

- O-obrigada... Você sempre me deixa assim, sem jeito – Agradeci com as maçãs do rosto esquentando e rindo como uma bobinha – Entre, por favor...

Assim que ele entrou e tirou os sapatos sinto um dos seus braços rodearem minha cintura me puxando para um beijo. Um beijo urgente, mas sem deixar de ser carinhoso e carregado de saudade. Ah seus lábios... Sugava seus lábios carnudos com ternura e ele retribuía da mesma forma, apertando meu corpo contra o seu com a fúria de seus braços impetuosos. Era um cara muito carinhoso, mas tinha hora que... Não sei te explicar...

- Estava com saudade – Daniel falou encerrando aquele beijo – Aliás, isso é pra você – Emendou entregando-me uma caixa retangular dourada com unz dizeres grafados em preto. Era uma caixa de bombons bonitos e delicados. Um sorriso formou-se em meus lábios – Com licor de cereja – Falou em seguida com um sorriso mais largo que o meu.

-Oh Daniel... Obrigada cara! Como sabe que eu adoro bombons de licor? Ainda mais de cereja?

- Acho que cerejas combinam com você – Mas que cafona! Adorável!

- Que doce – Murmurei, abraçando-o com força e distribuindo beijinhos estalados por todo o seu rosto – Vem... Podemos comer esses chocolates juntos – Sugeri pegando sua mão e guiando-o até a cama.

- Bem, existem várias formas de comermos chocolates juntos... Se for da forma que estou pensando... – Retrucou ele num tom extremamente malicioso.

- De uma forma bem inocente, ok? – Se bem que a ideia dele não era nada má.

Rimos juntos e sentamos na cama aos beijos. Tinha um filme bem meloso passando na TV e resolvemos assistir para passar o tempo – apesar dele mesmo ter dito que estava assistindo aquele filme pela terceira vez na vida e ter me contado o final.

- Lilly... Fiquei preocupado com você hoje...

- Sério? Por que?

- Você estava muito seca quando nos falamos por telefone. Achei que estava brava comigo, sei lá...

- Nunca... É que eu estava extremamente estupefata hoje. Ai, muita coisa pra fazer, muito trabalho, e muito stress, como consequência... Me desculpa se fui grossa com você... – Esclareci vendo aquela carinha de homem protetor tão próximo de mim.

- Sente-se melhor baby? – Ele perguntou, demonstrando preocupação.

- Sim. Ainda estou de TPM, mas vai passar – Falei, abrindo a caixa e tirando um bombom de lá.

- Ah, vou me esforçar então pra te fazer se sentir melhor – Disse olhando-me tímido.

- Não precisa de esforço. Sua presença aqui já me faz tão bem... – Eu disse sincera, mordendo um pedaço do chocolate e posicionando-o em sua boca, derramando o licor de cereja contido nele – Ops... – Murmurei, quando vi o líquido escorrendo "sem querer" pelo seu queixo.

- Limpa com a boca... – Ele pediu, quase num sussurro.

O tom foi tão pedinte que não demorei para atendê-lo; simplesmente meus lábios devoraram seu queixo, passando a língua marota no licor em sua pele e dando uma mordida carinhosa em seguida. Por uns segundos nos fitamos e nos beijamos com volúpia.

E aí as coisas começaram a esquentar. Nossos beijos tornaram-se mais urgentes, mais quentes, mais úmidos. Seus lábios em meu pescoço e minhas mãos querendo levantar a blusa dele. Um aperto em minha coxa direita. Uma mordida em sua orelha. Uma lambida no seu pescoço. Um gemido meu. Um suspiro dele. Ambas nossas mãos agitadas. Minha mão em seu abdômen. Sua mão descendo pela minha virilha... Opa!

- Daniel... Não...

Ele parou e me olhou nos olhos. Um olhar interrogativo.

- E por que não?

Antes que eu estragasse aquela noite dizendo: “Porque estou naqueles dias!” , inventei uma boa desculpa. Ele não merecia - aliás, nenhum homem no mundo merece saber disso.

- Não estou num período muito bom para sexo...

-Não entendi...

Se o Daniel fosse mulher com certeza me entenderia. Mas ele não entendeu. Então...

- Estou naqueles dias – Dane-se. Não ia rolar sexo mesmo.

Ele me encarou com uma feição infantil no rosto e riu, dizendo.

- Ah tá... Bom, eu compreendo.

Suspirei e beijei sua boca novamente com carinho para consolá-lo por aquela noite sem sexo depois de duas semanas.

De repente Daniel interrompe o beijo e me pergunta.

- Mas posso te pedir uma coisa?

- Claro!

Vi seu rosto corar levemente. Com certeza ele me pediria algo bem peculiar.

- Pode... Me dar um consolo?

(abro aqui um parêntese sobre essa frase tão linda do meu querido. Naquele momento minha mente inocente havia entendido um outro tipo de consolo, aquele que você enche a pessoa de mimos quando se decepciona com algo, deita a cabeça dela em seu colo e começa a fazer um carinho gostoso em seus cabelos...)

- Consolo? Meu beijo não serviu? – Brinquei, não reparando no duplo sentido da palavra.

- Você não entendeu – Seu rosto corou mais ainda. Senti uma vontade gigante de mordê-lo. Tão homem, mas tão tímido! – É um outro tipo de consolo – Logo o sinto pegar minha mão e guiá-la até o seu baixo ventre. E pelo que pude notar, ele realmente precisava de atenção.

- Hum... Sexo oral? – Minha voz adotou um tom baixo, dando um leve aperto em seu membro coberto pela calça. Ele soltou um suspiro pesado.

- Você me deixou assim – Alegou mordendo o lábio inferior quando dei mais um apertão, agora com mais força – Eu quero a sua boca... Bem aqui... – Pediu, apontando para o tal volume suspeito.

Já que eu não tinha condições em dar o que ele queria, então meus lábios fariam isso por mim. De um jeito bem lento, cruel e molhado.

- Ah, você quer? – Perguntei manhosa, posicionando-me de modo que meu rosto ficasse de frente para o alvo, quase que de quatro, com o traseiro bem empinado, enquanto abria o zíper de sua calça.

- Muito – Respondeu já enterrando uma mão em meus cabelos, esperando que eu o atacasse.

Assim que abri o zíper e abaixei um pouco sua roupa íntima, peguei seu membro com carinho e comecei a fazer pequenos movimentos de vaivém instigando-o, fazendo-o soltar um leve gemido. Sua voz grossa entonando gemidos prazerosos era delicioso.

Meus dedos deslizavam com maestria por toda a extensão de seu pênis enquanto meus lábios passaram a provocar a região da sua virilha. Quando vi que Daniel já arfava excitado demais, parei com os movimentos e sussurrei em seu ouvido.

- Pede, vai...

E ele respondeu, com um murmúrio prazeroso.

- Me chupa...

Resolvi torturá-lo.

- Como você quer que eu te chupe...?

- Ah... Chupa devagar e com força, coloca ele inteiro dentro dessa sua boca deliciosa... – Disse, soltando mais um gemido sôfrego quando sentiu meu polegar esfregando sua glande lentamente.

Dei uma risadinha com aquelas palavras tão pervertidas e finalmente abaixei meu rosto muito de repente, iniciando aquele ato. Meus lábios começaram sugando a ponta de seu membro levemente para depois colocar mais intensidade naquela carícia tão erótica, dessa vez sugando com mais avidez. Ele gemia tomado pelo delicioso delírio de ser loucamente chupado, fazendo-me quase gemer também mesmo com a boca ocupada demais.

O ruim de estar naqueles dias em momentos assim é que não dava para fazer muitas coisas deleitáveis. Não podia me tocar, não podia deixar ser tocada. Receber sexo oral então? Argh, nem em pensamento – muito nojento, eu sei. Daniel foi quem mais se divertiu, enquanto eu fiquei na vontade. Em partes, quer dizer. Nada mais adorável do que vê-lo gemer com o rosto corado, a testa suada e as mãos trêmulas em meus cabelos... Só de saber que eu causava esse êxtase todo nele elevava meu ego em índices impressionantes.

De repente meus lábios foram deslizando pelo seu pênis até a base, tomando-o por completo. Daniel urrou de prazer, fechando suas mãos com mais força em meus cabelos, incentivando-me a sugar-lhe com mais força. Pediu num fio de voz.

- Mais forte...

E eu não me fiz de rogada, claro. Passei a sugá-lo com mais força, apertando seus testículos com uma das minhas mãos. Mais, mais... Era isso que ele queria. Abandonei por um momento seu membro retirando-o por completo da minha boca e comecei a dar atenção aos testículos, chupando-os com certa selvageria. Mais um urro vindo dele.

- Pervertida... Gosta dele não é...?

- Muito! É tão delicioso... – Respondi obscena, dando um beijinho na ponta de seu pênis e voltando a sugá-lo e lambê-lo com a mesma safadeza de antes, ou até pior.

- Ahh Lilly! Não pare agora... !

Bingo! Presumi que ele estava quase lá. E não parei, continuei chupando-o com força e agilidade, com ele empurrando minha cabeça num pedido mudo para que eu continuasse com aquela felação tão selvagem. Até que ele não resistiu.

- AHH...!

Ele soltou um gemido alto e prolongado e derramou seu êxtase em minha boca. Continuei lá sorvendo todo aquele líquido quente e deliciosamente amargo até que não sobrasse quase nenhuma gota.

Dei uma última lambida em seu membro e em seguida subi em direção ao seu rosto coradíssimo, tomando seus lábios num beijo romântico. Ele retribuiu da mesma forma, acariciando meus cabelos.

Sorrimos um ao outro e esfregamos as pontas de ambos nossos narizes uma na outra.

- Está sujo aqui – Falou, passando o polegar no canto da minha boca, limpando um resquício de sêmen que havia ali.

Agradeci, dando um selinho nos lábios e voltando minha atenção ao seu baixo ventre, dessa vez para “arrumar” a bagunça que eu tinha feito. Peguei um lenço que estava no criado mudo e passei em seu membro que ainda estava molhado de sêmen e saliva. E depois o encobri de volta com sua boxer e fechei o zíper da sua calça.

Depois de arrumar a bagunça, só me restava deitar a cabeça em seu peito e ouvir sua respiração, como música para meus ouvidos.

Ainda peguei um chocolate e comi com gosto.



*se prepara para as pedradas*

Nenhum comentário:

Postar um comentário