Minha melhor amiga Juliana havia me convidado umas duas semanas atrás para viajar com ela. Eu claro aceitei, porque não aguentava o estresse todo de casa e etc. E no dia 23 deixei de comemorar o aniversário do meu irmão pra pegar a Imigrantes e ir em direção à Baixada Santista. Meus pedidos foram atendidos, o dia estava lindo no dia da viagem.
Ficamos num apartamento alugado pela irmã mais velha dela no bairro Aviação, na Praia Grande. E querem saber? A Praia Grande não é mais aquela prainha de merda, refúgio dos "farofeiros" e sujeira em cada m² de areia. Mudou bastante! Da última vez que fui pra lá (vish faz taaaanto tempo...) eu tinha até nojo de entrar na água com medo de pegar algum Bicho Geográfico com os cachorros circulando por lá à torto e à direito. Agora não, tá bem legal por lá. Claro, uns farofeiros aqui e ali ainda aparecem, mas não como antes. Acredito que o Boqueirão esteja bem pior.
Ficamos uns 5 dias por lá e foi uma delícia. Íamos muitas vezes da Aviação até a Cidade Ocian a pé, ou então da Aviação até o Forte de carro (uma vez partimos do Boqueirão até o Forte de bicicleta, matando minha saudade enorme de andar de bicicleta). Fiquei mais preta que o Mussum e tomei meu açaí na tigela com banana e granola, uma dádiva dos Deuses.

Eu adoro praia. Eu não sei porquê paulista tem frescurite aguda por praia. Pra paulista, praia é sinal de: calor, MUITO CALOR, comida sem nenhuma procedência esturricando no sol quente, gente feia e desinteria. Pode até ter gente feia, mas o que é um monte de gente feia quando eu mesma estou no meio delas, não é? Enfim, paulista quer ser "europeu", tomar cafezinho na Starbucks, usar casacos de brechó pra pagarem de cult, principalmente no inverno, estação preferida deles. Eu não. Eu fico ansiosa pro verão chegar logo, porque detesto frio. ODEIO MESMO O FRIO. Não me vejo gostando de quilos de roupas amarrando meu corpo e resfriado indo e voltando. Fora minha rinite alérgica, que sempre ataca nessa época. E eu fico extremamente mais depressiva.
Já falei diversas vezes que se eu pudesse eu trocaria uma viagem à Londres com todo o luxo do mundo por uns dias em Arraial D'Ajuda. Ou até pelo litoral paulista mesmo. Sério. Podem me chamar de maluca, mas é a mais pura verdade.
Voltamos pra casa (eu e Ju) de busão. Já fazia anos que eu não sabia o que era ônibus de viagem, e pela primeira vez na vida nós duas nos sentimos independentes. Estávamos ali, no Terminal Tático, pegando um ônibus de volta à São Paulo sozinhas. Foi muito bom. Espero repetir a dose em breve.
E o mais importante: essa viagem me fez esquecer de tudo, de São Paulo, dos problemas, das pessoas que me machucaram, do estresse, de tudo. Parece que as ondas quebravam em meu corpo e tiravam todas as energias ruins que se acumularam em mim durante esses meus últimos meses em que chorei mais que uma criança. Senti uma sensação de liberdade até então nunca sentida.
Fora que conheci um cara do Twitter que eu queria muito conhecer. Ele é um menino maravilhoso, ah... Apaixonante, eu diria. Teve Twitcam, cafezinho e tudo.
Repito, foi muito bom.
(nota: o Boqueirão é daora hein!)
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