quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Why don't you get a job?!

Começo esse post com um sonho engraçado que eu tive esta noite:

"Eu estava... Ah sei lá onde eu estava! Só sei que vi uma cena linda: Rick Wright tocando uma musiquinha engraçada nos teclados, Roger Waters dançando e fazendo coreografia, Nick Mason olhando pra algum ponto aleatório (provavelmente não querendo ver aquela cena cômica) e David Gilmour olhando pra mim. Agora o PORQUÊ ele estava olhando pra mim, eu realmente não sei."

Eu acordei. Refleti. Acordei com uma música da Rihanna na cabeça (???) e comecei a rir.

Hoje fui pra uma entrevista de emprego. Definitivamente, odeio entrevistas de emprego. Odeio por basicamente duas razões: 1° - Eu SEMPRE sou reprovada; 2° - Eu sou obrigada a mentir (Ah, sou SUPER DINÂMICA, TENHO VONTADE DE APRENDER E SOU MUITO CONFIANTE!). Acho que tem algo como "olá, eu sou uma perdedora e feia, não me aceite!" em neon rosa bem na minha testa.

A mocinha do RH que me entrevistou era miúda e magrinha, coitada. Mas era bem bonitinha. Bem simpática. É uma vaga para trabalhar como vendedora numa loja de cosméticos (OLHEM ONDE EU FUI ME METER!) no Shopping Eldorado, lá em Pinheiros. Pinheiros, sabe? Elite, gente rica e capitalista, prédios enormes de vidro, Rede Globo, sacam? Me pergunto realmente se vou me dar bem. Primeiro, porque sou feia. E como vocês veem naquelas lojas tipo Contém 1g ou aquela do batom da Lady Gaga, a tal de M.A.C, as vendedoras são lindas! Bem maquiadas e mais ou menos simpáticas. Segundo, sou o ser mais retraído desse mundinho. Faz sentido esse trampo apara um ser cheio de probleminhas como eu? VIVENDO PERIGOSAMENTE.

Só sei que milagrosamente passei pra segunda fase dessa maldita entrevista. A mocinha pequenininha disse que entraria em contato na segunda. Aguardo o retorno. :)

Enquanto eu voltava pra casa de saltos altos e meus pés queimando (odeio odeio odeio), eu lia um livro de crônicas. Porque acabei esquecendo os fones de ouvido pra ir ouvindo uma musiquinha. Não vivo sem música. Me senti num universo paralelo e tortuosamente silencioso num ônibus enquanto eu voltava pra casa. Olhei a árvore de Natal lá do Ibirapuera quase terminada cantarolando "Going to California" entre balbucios. Ela está... Aff, ela já esteve mais bonita!

Agora estou aqui, com a dobra do meu braço doendo misteriosamente quando dobro-o, com preguiça de tirar a maquiagem e tentada a terminar minha noite com miojo de carne. Sem muito caldo. Coisa boa da vida.

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