Sim, porque a vida quer que eu me esforce mais, que eu me dedique mais, que eu seja mais feliz. Mesmo com o cotidiano me mostrando todos os dias que é um saco conseguir alcançar estes objetivos.
Esta semana foi ruim. Eu a considerei ruim. Estava frustrada com muita coisa relacionada a mim mesma. Frustrada com a minha visão de futuro, frustrada com a minha falta de sensibilidade, frustrada com o meu medo de conhecer pessoas. Essa nova fase da minha vida me dá uma vontade imensa de chorar, sair correndo e gritar, gritar muito muito alto, pra ver se meus receios desaparecem.
Comprovei minha total falta de sensibilidade emocional quando estava na aula de Filosofia.
O professor (padre, pff...) quis que nós da sala nos juntássemos em alguns grupos de sete ou oito pessoas (imaginem o pânico que senti). Era para um trabalho em sala de aula para discutirmos o seguinte tema "O que é a felicidade?".
Perguntaram pra mim o que era felicidade. Naquele momento, senti minha massa cinzenta se transformar num chumaço de algodão.
Claro que eu não sabia o que dizer. "Felicidade" pra mim é algo muito vago, mas ao mesmo tempo muito vasto de questionamentos e descrições (eu não disse isso em sala de aula porque provavelmente me chamariam de maluca e nunca mais trocariam sequer uma palavra comigo depois). Teve um debate na sala e etc...
E enquanto o debate transcorria, eu olhava para cada um dos integrantes. Eles são muito bons na arte de debater, de argumentar, de ir contra a ideia do outro. Cara... ! Em discussões eu sempre perco a razão (e a linha), porque acho que sou muito mole pra argumentar com outra pessoa. E também porque... Pra quê vou gastar minha saliva e meu léxico com gente que discorda de mim, que acha que minhas ideias são idiotas ou absurdas demais? Discordâncias me irritam profundamente. Pra mim não faz sentido eu falar "A" e a pessoa dizer "B, C, D, E...".
A vida universitária está me mostrando que eu não tenho escapatória. Ou eu me curo ou eu me curo. A "forçação de barra" está, mais do que nunca, me esmagando. Não tem jeito, tenho que ser "legal" com todo mundo, tenho que sorrir quando falam comigo, tenho que esconder quem eu realmente sou.
Olha, a culpa é toda minha, não se preocupem. Eu não culpo ninguém pelo o ser humano falho que eu sou.
Nesses meses de faculdade, dois moços falaram comigo. Pareciam que queriam saber o que eu tanto escondo dentro de mim, porque me faziam perguntas do tipo "Ah, mas por que você é assim?", "Ah, eu não entendi o seu conceito disso ou daquilo outro...", "Mas quem foi que te disse que você é feia?!". Das duas vezes, eu evitei olhar pra cara dos indivíduos. Já falei que pessoas me intimidam, principalmente quando olham nos meus olhos. E por causa das perguntas bestas que eles me fizeram, senti uma vontade de bagunçar suas caras. Caralho... É faculdade ou é clínica psiquiátrica?! Pagar um novo psiquiatra pra mim ninguém quer né?
Olha, a culpa é toda minha, não se preocupem. Eu não culpo ninguém pelo o ser humano falho que eu sou.
Nesses meses de faculdade, dois moços falaram comigo. Pareciam que queriam saber o que eu tanto escondo dentro de mim, porque me faziam perguntas do tipo "Ah, mas por que você é assim?", "Ah, eu não entendi o seu conceito disso ou daquilo outro...", "Mas quem foi que te disse que você é feia?!". Das duas vezes, eu evitei olhar pra cara dos indivíduos. Já falei que pessoas me intimidam, principalmente quando olham nos meus olhos. E por causa das perguntas bestas que eles me fizeram, senti uma vontade de bagunçar suas caras. Caralho... É faculdade ou é clínica psiquiátrica?! Pagar um novo psiquiatra pra mim ninguém quer né?
E no trabalho as coisas transcorrem normalmente. Eu fico lá no meu cantinho e pronto.
I <3 cantinhos.