Estamos em outubro. E nem contei as novidades.
Estou num trampo novo. Trabalho pra Jequiti (já podem rir!), telemarketing, atendendo as consultoras que querem ganhar $$$ pra pagarem de rycas no final do ano. É um trabalho tranquilo, não me estresso, as mulheres que ligam pra lá são bem educadas e tranquilas (já recebi elogios até...), etc etc. Mas mesmo gostando de trabalhar por lá, algumas coisas me irritam.
Pra começar, o ambiente. Vocês que reclamam dos seus empregos só por causa do chefe que é um cara bem mala, parem já. Talvez vocês nunca tenham trabalhado num metro quadrado com 55 mulheres. PUTA QUE PARIU, QUANTA BUCETA JUNTA. E acho que uma das piores coisas do mundo é trabalhar com mulheres.
Num lugar onde só tem mulher trabalhando junto com você, todo o cuidado é pouco. Você tem que usar uma armadura invisível contra fofocas e picuinhas durante todo o expediente. Ainda mais eu, que sou toda esquisita. Eu não duvido que as mulheres de lá pensam algo bem ruim sobre mim, mesmo sem eu fazer absolutamente nada.
E ainda mais com as mulheres de onde eu trabalho. A grande maioria esfrega a xavasca no baile funk, teve filhos na adolescência e fazem visitas semanais aos seus "maridos" nos presídios de São Paulo. Sério. Ouvi a história de uma, que engravidou de um malandrão aí, que largou o filho pra se meter no crime e hoje tá preso numa penitenciária aí da cidade.
Lá, só eu e mais duas meninas curtimos classic rock. E nós três temos certeza absoluta de que aquelas moças devem nos odiar.
Ah sim, o chefe. O cara parece o Neil Young com 23 anos de idade, mas é beeeem malinha. O cara não fala nada sobre o sistema que cai com frequência e sobre os lanches que fazem duas ou três garotas por semana irem parar no hospital com gastrite ou intoxicação alimentar, mas enche o saco quando passam num corredorzinho que fica atrás dele, onde fica a mesa dele. Aí você tem que dar um belo dum rolê pra ir ao banheiro. Eu costumo detestar as pessoas por pouca coisa. E eu já detesto esse cara.
De resto, muita coisa ainda não mudou.
Um dia minha mãe me perguntou se eu estava feliz. Respondi que não. "A felicidade não se consegue num estalar de dedos", eu disse.
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