terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Começo de ano.

Oi.

Demoro muito pra postar. Foda-se.

Irritação é algo natural, certo? No meu caso, está se tornando algo preocupante. Muitas coisas me irritam. Desde pessoas até um pedaço de papel. Deve ser as tristezas da minha vida que acabam se tranformando em irritação. Como se fosse um palito de fósforo caindo numa quantidade de gasolina e se tranformando numa explosão, mais ou menos assim.

Eu não sei se vocês sabem, mas estou desempregada novamente. Me dispensaram da loja, onde eu procurava fazer o meu melhor pra permanecer por lá. Porque apesar da supervisora mais falsa que bolsa Louis Vuitton na 25 de março e das madames das mais variadas arrogâncias frequentadoras daquele lugar, eu até que gostava do trabalho. Principalmente das meninas que me receberam com muita gentileza e me ajudaram com toda a paciência do muito. E honestamente tenho muito o que agradecer à elas. Mas fico chateada. Talvez mais pelo fato da supervisora filha duma mãe não ter reconhecido minha dedicação. E ela deve ter me dispensado mais por cauda do amigo secreto que teve. Eu tirei uma colega de lá, e na hora ela tinha me dito que ELA era quem tinha tirado a menina. Ou seja, nós duas tínhamos tirado a mesma pessoa. E ficou me condenando, de cara feia comigo e talvez nem querendo me ver pintada de ouro. Fui embora pra casa chorando horrores no trem. Parece bobagem chorar por coisas tão ínfimas como essa. Eu podia nem ter se importado, mandado um "foda-se", esquecer tudo. Mas eu não tenho essa facilidade. Não tenho culpa se me enganei. É errado errar?

Só sei que depois do ocorrido, no meu último dia de trabalho por lá, apareci, dei um "bom dia" e um Feliz Ano Novo pra supervisora, e ela simplesmente soltou um "ah", seco. Na hora, meti o dedo no "foda-se essa loja e essa mulher!", disse que ia pra farmácia do shopping comprar um Atroveran (porque estava morrendo de cólicas na ocasião), saí... E quem disse que eu voltei?

E cá estou eu, sentada na frente desse computador, se candidatando loucamente na InfoJobs, sem nenhum retorno. Mamãe chegou agora há pouco em casa, me perguntando se eu tinha alguma novidade. Nem respondi.

O ProUni me fodeu e não fui selecionada pra nenhuma das bolsas que eu escolhi. Enquanto outras pessoas mais inteligentes (e sacanas) do que eu conseguem bolsas até pro Mackenzie.

Estou procurando ajuda psiquiátrica (porque um ano no psicólogo não me ajudou em porra nenhuma, só me fez piorar), mas está difícil. O SUS tem muita frescura. E eu não tenho tempo pra frescuras. Tem alguma coisa me devastando, me destruíndo, me fazendo acreditar de que tudo que eu tenho a fazer é me jogar da Ponte Estaiada. Gostaria de descobrir. Mamãe acha que é algo espiritual, diz que não tenho Deus no coração, que eu preciso de uma igreja.

Devem ter colocado meu nome numa encruzilhada, com galinhas pretas mortas e velas vermelhas.

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