Mas quanto tempo eu não posto nada por aqui! Pura preguiça, acreditem.
Mais uma vez eu estou aqui, falando (melhor, digitando) sozinha, sem esperanças de que alguém leia essa merda, mas é porque além do Tumblr, esse pode ser o único lugar pra eu poder vomitar os meus problemas e afins, já que a psicóloga não resolve.
Falando em psicóloga, voltei a passar por sessões no divã. Divã não, uma cadeira velha mesmo, afinal não sou rica e uso o SUS, como boa (e lascada) brasileira. Fiz apenas umas três sessões, e a velha entrou de férias. Uma tal de Elizabeth. Uma tia com cara de poucos amigos, dentes amarelados e munida de iPad e iPhone. Uma típica funcionária pública rica pelo governo. Eu nem quero mais voltar pra lá. Não ia adiantar. Eu disse que queria a psiquitaria (problemas, problemas, problemas...), já que passei um ano e alguma coisa frequentando um psicólogo e continuo a mesma problemática deprê de sempre.
Fui parar nessa psicóloga aí porque um belo dia mamãe disse que eu não estava me alimentando direito, que eu estava desaparecendo, de tão magra que estou. Achou que eu estava com anemia. Fui pra um clínico geral (um chinês chamado Dr.Sun. Não fui com a cara dele) e ele me pediu pra fazer exames. Fiz os exames que todo SUS pede e o resultado veio: NORMAL. Nada de anemia, nada de nada. Eu estava absolutamente normal por dentro. Entre aspas. Me deu duas fichas de encaminhamento. Uma pra psicólogia e outra pra psiquiatria. Uma possível depressão. (AH SÉRIO?!) Disse que possívelmente eu tomaria remédios. Foi aquela quizumba. Acabei indo parar na velha Elizabeth porque segundo ela, "eu te acho muito novinha pra tomar remédios fortes, ainda mais os tarjas-preta e blá blá blá... Homeopatia seria uma boa e blá blá blá... ". Saí das três sessões mais frustrada do que quando pisei no corredor do posto. Desde então não pisei mais lá e procuro alguém que me ajude DE VERDADE.
Nesse meio tempo, pra piorar minha depressão, perdi uma grande amiga minha num acidente de moto no final de agosto.

Essa japonesinha aí era uma das minhas melhores (e poucas) amigas. Ela estava namorando, já estava noiva inclusive, e estava grávida. Ela tinha muitos e muitos e muitos planos. Eu a vi lutar demais pra conseguir passar na Fuvest pra conseguir a vaguinha dela em direito lá na USP e e eu a vi muito triste quando ela falhou nas duas tentativas. Sei lá. Ela tinha tudo pra ser alguém daora na vida: era bonita, rica, tinha muitos amigos, uma vida maravilhosa. Talvez ela tenha sido destinada a ter uma vida curta. Ela aproveitou bastante. Mas aproveitou bastante MESMO. "Pra burro", como ela dizia. Hoje tomo shots de Tequila e caio nas ruas por causa dela. Hey bee, a Lii morre de saudades de você. ♥
O "poréns" péssimos na minha vida talvez tenham sido compensados pelo meu ingresso pro show do Roger Waters em março do ano que vem. Eu gosto do velho, gosto do "The Wall", gosto de Pink Floyd, por isso eu vou (dã!). Sei lá, eu queria muito ir pra esse show e consegui a porra do ingresso achando que eu não ia. Esse simples fato aí me mostrou que quando a gente quer muito uma coisa, por mais supérflua que seja, a gente tem que lutar pra conseguir.
Mesmo assim, minha cabeça de vez em quando volta a ser possuída pelas trevas e as esperanças de que eu me torne alguém melhor apagam feito uma lâmpada incandescente. Eu devia melhorar, devia pensar mais positivo, mas cada vez que me olho no espelho eu desabo na escuridão. Não sei se um dia eu ficarei bem (não por um momento, e sim pra sempre), não sei se um dia eu vou conseguir me olhar no espelho e me achar bonita (acho isso algo impossível, mas tudo bem), mas eu espero realmente que alguma luzinha no fim do meu longo túnel apareça. Vejo tanta gente radiante por aí, magnânima, bonita e feliz... E isso me deprime ainda mais, porque sempre penso que nunca serei como elas, sei lá.
Anyway, é isso. Pro desintersse de vocês.
'Nenci' me conquistou no twitter e ganhou o resto do meu respeito com esse blog. É, de certa forma, bom perceber que não sou a única maluca com tendências depressivas que se acha um lixo e recorre às palavras. E igualmente bom ver que não sou a única que ainda cultiva esperanças e tenta não deixá-las murchar!
ResponderExcluirVocê vai conseguir sim, menine!