Resumir 2011? Em uma palavra: complicado.
Achei que seria um ano "menos ruim" que 2010, mas não foi bem assim... Se eu fosse falar tudo o que aconteceu esse ano, o post ficaria gigantesco. E tô sem saco pra contar historinha.
Perdi gente querida. Perdi amigos. Ganhei inimigos. Ganhei alguns amigos.
Algumas pessoas me esqueceram, outras aceitaram estar comigo pra sempre.
Minha depressão aumentou. Felicidade diminuiu. De repente momentos bons. De repente momentos muito ruins.
Perdi a paciência. Fiquei mais calma do que nunca.
Fui triste. Fui feliz.
Um misto de extremos. Já estou habituada.
E espero que ano que vem eu possa lidar melhor com tudo isso.
Que eu não enlouqueça mais.
Feliz 2012.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
The adventures of a stupid girl in a mall at Christmas time.
Três coisas: maquiagens, perfumes e shopping. Três coisinhas nas quais estão me dando náuseas. Eu não tenho (ou tinha) o costume de frequentar shopping center, mas nesses últimos dias isso virou uma rotina diaria meio chatinha. Ir para o shopping já é ruim. Ir à um shopping de gente rica e arrogante é péssimo. Ir à um shopping de gente rica e arrogante para ir trabalhar É PIOR AINDA.
Shopping Eldorado. As moças de lá andam de bolsas Louis Vuitton e Balenciaga (ô bolsa feia!) pra lá e pra cá, com seus olhares de águia procurando a melhor grife pra gastar o rico salário gordo que ganham. Dá até raiva. É muita futilidade pra pouca paciência minha. São INCONTÁVEIS os iPhones e Blackberries que eu vi nas mãos burguesas perambulantes de lá. Argh. Que nojinho.
Pior que isso, sou eu usando maquiagem. Uma coisa que não faz parte da minha vida e nem do meu universo. Mas caralhos, por quê cargas d'água eu tenho que usar MAQUIAGEM?! Ah sim claro, porque faz parte das normas comportamentais da loja, né. Pelo menos com um blush bem marcado e batom bem chamativo eu tenho que estar usando. Esses dias usei um batom tão vermelho que parecia uma biscate ao invés de uma consultora de vendas decente. Aliás, consultora de vendas é um jeito chique de pronunciar a palavra vendedora, PORQUE É COISA DE POBRE. E estou num shopping "chique", afinal.
Ser vendedora não é tão ruim assim. Vendendo é o que realmente importa. Mas há certas coisas que me incomodam profundamente. A pressão que você sofre pra vender é bem evidente. Se você não vende, sua comissão é mínima e seu salário não vai dar nem pra pagar as contas direito. Outra coisa que me incomoda bastante é a postura. Sim, a postura. Eu sinceramente acho que não fui feita pra ser moldada por regras e afins. Então qualquer regra comportamental e eu já acho uma frescurite daquelas bem agudas. Lá você não pode encostar nas prateleiras. Nem um dedo sequer. MAS POR QUÊ CARGAS D'ÁGUA VOCÊ NÃO PODE ENCOSTAR NAS PORRAS DAS PRATELEIRAS?! Por acaso eu posso passar alguma doença pra elas? Posso infectar os perfumes com a minha pobreza ou alguma merda do tipo? E de "colocar as mãos entrelaçadas na frente do corpo"? É ALGUMA MACUMBA POR ACASO? PASSA ALGUM TIPO DE MENSAGEM SUBLIMINAR MALDOSA QUE FAÇA O CLIENTE DESISTIR DE COMPRAR A BUCETA DO PRODUTO COMIGO?!
Toda essa frescura é habilmente dirigida pela supervisora da loja, uma tal de Roberta, que todo mundo chama de Rô. Ela é legal. Quando não tá dando piti por eu encostar minha mão sem querer nas prateleiras na hora do expediente. Ou quando não tá quase me fuzilando com o olhar quando eu não faço nada esperando algum cliente (parece que ela quer que eu invente na hora ali algum marketing muito maluco pra chamar todos os clientes né). Se aproveita de mim só porque sou nova naquela loja, é o que parece. Eu posso estar enganada. Ela pode ser até alguém ainda mais legal, se eu pudesse bater papo com ela por mais tempo, afinal ela tá sempre ocupada com a loja e as outras meninas, fofocando sobre os filhos e sobre os moços do quiosque em frente. Juro que se ela der mais um piti por causa da minha "personalidade" estabanada, eu jogo um frasco de perfume naquela cabecinha loira dela!
Sobre minhas colegas de trabalho... Elas são legais, são mesmo. Pelo menos algo pra eu gostar naquela loja, não é? So não gosto quando elas tentam me mudar da água pro vinho. Elas ficaram sabendo que eu gosto de rock (e de que eu sou cafona) por causa das minhas camisetas de bandas preferidas, e que eu não tenho namorado. CLARO, ELAS CULPARAM O MEU GOSTO MUSICAL PELA MINHA SOLTEIRICE PROLONGADA. E uma delas me soltou a pérola: "Você tem que sair do rock e ir pro pagodão pra arranjar homem!". Eu realmente poderia dormir sem essa.
Um mês. Se eu não aparecer na internet em janeiro, provavelmente estarei numa clínica psiquiátrica.
Shopping Eldorado. As moças de lá andam de bolsas Louis Vuitton e Balenciaga (ô bolsa feia!) pra lá e pra cá, com seus olhares de águia procurando a melhor grife pra gastar o rico salário gordo que ganham. Dá até raiva. É muita futilidade pra pouca paciência minha. São INCONTÁVEIS os iPhones e Blackberries que eu vi nas mãos burguesas perambulantes de lá. Argh. Que nojinho.
Pior que isso, sou eu usando maquiagem. Uma coisa que não faz parte da minha vida e nem do meu universo. Mas caralhos, por quê cargas d'água eu tenho que usar MAQUIAGEM?! Ah sim claro, porque faz parte das normas comportamentais da loja, né. Pelo menos com um blush bem marcado e batom bem chamativo eu tenho que estar usando. Esses dias usei um batom tão vermelho que parecia uma biscate ao invés de uma consultora de vendas decente. Aliás, consultora de vendas é um jeito chique de pronunciar a palavra vendedora, PORQUE É COISA DE POBRE. E estou num shopping "chique", afinal.
Ser vendedora não é tão ruim assim. Vendendo é o que realmente importa. Mas há certas coisas que me incomodam profundamente. A pressão que você sofre pra vender é bem evidente. Se você não vende, sua comissão é mínima e seu salário não vai dar nem pra pagar as contas direito. Outra coisa que me incomoda bastante é a postura. Sim, a postura. Eu sinceramente acho que não fui feita pra ser moldada por regras e afins. Então qualquer regra comportamental e eu já acho uma frescurite daquelas bem agudas. Lá você não pode encostar nas prateleiras. Nem um dedo sequer. MAS POR QUÊ CARGAS D'ÁGUA VOCÊ NÃO PODE ENCOSTAR NAS PORRAS DAS PRATELEIRAS?! Por acaso eu posso passar alguma doença pra elas? Posso infectar os perfumes com a minha pobreza ou alguma merda do tipo? E de "colocar as mãos entrelaçadas na frente do corpo"? É ALGUMA MACUMBA POR ACASO? PASSA ALGUM TIPO DE MENSAGEM SUBLIMINAR MALDOSA QUE FAÇA O CLIENTE DESISTIR DE COMPRAR A BUCETA DO PRODUTO COMIGO?!
Toda essa frescura é habilmente dirigida pela supervisora da loja, uma tal de Roberta, que todo mundo chama de Rô. Ela é legal. Quando não tá dando piti por eu encostar minha mão sem querer nas prateleiras na hora do expediente. Ou quando não tá quase me fuzilando com o olhar quando eu não faço nada esperando algum cliente (parece que ela quer que eu invente na hora ali algum marketing muito maluco pra chamar todos os clientes né). Se aproveita de mim só porque sou nova naquela loja, é o que parece. Eu posso estar enganada. Ela pode ser até alguém ainda mais legal, se eu pudesse bater papo com ela por mais tempo, afinal ela tá sempre ocupada com a loja e as outras meninas, fofocando sobre os filhos e sobre os moços do quiosque em frente. Juro que se ela der mais um piti por causa da minha "personalidade" estabanada, eu jogo um frasco de perfume naquela cabecinha loira dela!
Sobre minhas colegas de trabalho... Elas são legais, são mesmo. Pelo menos algo pra eu gostar naquela loja, não é? So não gosto quando elas tentam me mudar da água pro vinho. Elas ficaram sabendo que eu gosto de rock (e de que eu sou cafona) por causa das minhas camisetas de bandas preferidas, e que eu não tenho namorado. CLARO, ELAS CULPARAM O MEU GOSTO MUSICAL PELA MINHA SOLTEIRICE PROLONGADA. E uma delas me soltou a pérola: "Você tem que sair do rock e ir pro pagodão pra arranjar homem!". Eu realmente poderia dormir sem essa.
Um mês. Se eu não aparecer na internet em janeiro, provavelmente estarei numa clínica psiquiátrica.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Feel like a cocô.
Se sentir um lixo todos os dias é para poucos, como eu. Se sentir bem debaixo do tapete, pior que uma poeirinha ao vento.
Estou naqueles dias. Sinto uma cólicazinha meio incômoda. Deveria estar pior (e ainda acho que vai piorar). Minha cabeça dói e me sinto mais inchada do que um balão. Meus peitos pararam de doer milagrosamente esses dias não sei como... Caralho, é duro ser mulher! Mulher feia, ainda por cima.
Já é ruim o bastante se sentir feia em todos os dias da sua vida, imagine naqueles dias... Parece que o sangue desce e a sua (baixa) auto-estima vai junto. É incrível. Me olho no espelho e tenho vontade de destruí-lo num soco só. Foda-se se minha mão vai ficar fodida depois de cortes. O importante é poder tirar essa dorzinha da alma pra fora. Mas como é de costume na minha vida, cortarei minha mão à toa. E ainda terei sete anos de azar.
Estou naqueles dias. Sinto uma cólicazinha meio incômoda. Deveria estar pior (e ainda acho que vai piorar). Minha cabeça dói e me sinto mais inchada do que um balão. Meus peitos pararam de doer milagrosamente esses dias não sei como... Caralho, é duro ser mulher! Mulher feia, ainda por cima.
Já é ruim o bastante se sentir feia em todos os dias da sua vida, imagine naqueles dias... Parece que o sangue desce e a sua (baixa) auto-estima vai junto. É incrível. Me olho no espelho e tenho vontade de destruí-lo num soco só. Foda-se se minha mão vai ficar fodida depois de cortes. O importante é poder tirar essa dorzinha da alma pra fora. Mas como é de costume na minha vida, cortarei minha mão à toa. E ainda terei sete anos de azar.
Ontem foi um inferno. Fui levar a documentação necessária para a contratação lá do trampo. Cheguei lá umas 9 da manhã. SAÍ DAQUELE LUGAR UMAS 14:30, QUASE TRÊS DA TARDE! Um absurdo! Não é mais fácil pegar os documentos com uma pessoa só, num outro lugar que não fosse tão cheio e assinar APENAS uma filha de contrato? Esse povo não facilita mesmo as coisas... A única coisa maravilhosa que aconteceu foi eu ter conhecido a Maca, uma mocinha lindinha de apenas doze anos de idade, mas que tem um bom gosto musical maravilhoso. Ela disse que eu sou linda. NÃO ACREDITEM NELA. Ela exagerou gente, só isso. Mas cara, amei conhecê-la. E ainda conheci os amigos pirralhos dela, muito simpáticos e receptivos comigo. Estranhei o fato deles não terem se assustado comigo quando olharam pra minha cara e quando viram minha aparência deplorável: suada, fedida (estava um calor dos infernos!) e com uma roupa não muito bonita para encontros. Mas valeu a pena. O problema era eu mesmo.
Eu estou sozinha em casa no momento, me sentindo insatisfeita com a minha vida, com o meu corpo e com vontade de vomitar. Não almocei, e nem pretendo. Prevejo que descolarei uma úlcera por não comer normalmente e uma bela anemia pra foder tudo de vez.
Aceito telefones de clínicas psiquiátricas.
Eu estou sozinha em casa no momento, me sentindo insatisfeita com a minha vida, com o meu corpo e com vontade de vomitar. Não almocei, e nem pretendo. Prevejo que descolarei uma úlcera por não comer normalmente e uma bela anemia pra foder tudo de vez.
Aceito telefones de clínicas psiquiátricas.
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